domingo, 22 de junho de 2008

MIGRANTES

Os nordestinos sejam na construção civil dos arranha-céus da capital paulista, na construção de Brasília ou nos canaviais da região de Rio Preto. Mostram que a nossa mão de obra faz a diferença. Os prefeitos que estão declarando guerra aos migrantes da cana devem negociar com os donos de usinas que utilizam da mão de obra desses cidadãos que moram em regiões menos favorecidas, onde o investimento não chega para resolver o problema do desemprego. Os nordestinos enfrentam no corte da cana-de-açúcar o trabalho que é rejeitado, portanto não estamos tirando o emprego dos paulistas. As condições de moradia para os trabalhadores são péssimas, amontoam seres humanos em barracões sem sanitários, sem luz elétrica e muitos dormem no chão. Os usineiros deveriam construir vilas com infra-instrutura, inclusive ambulatório. Dizer que os nordestinos são clientes do SUS, isso é discriminação. Todo ser vivo adoece e precisa de assistência. É menor o custo gasto na prevenção. Somos brasileiros e nordestinos com muito orgulho e em qualquer cantinho do território onde estivermos, temos os direitos básicos do cidadão garantidos na Constituição. Mas com certeza é mais fácil expulsar os cortadores de cana do que negociar com os usineiros. Maryah Cydah Abrantes Martiniano Ferreira Autora Matéria Publicada - Jornais de Rio Preto.

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