segunda-feira, 7 de julho de 2008

O GRITO POR TRÁS DO SILÊNCIO

O artigo do jornalista Julio Garcia publicado dia 23/12/07 é digno de um premio. O foco é contra a deficiência visível (crianças tortas) a maioria só sai de casa para buscar tratamento e mesmo assim é uma agressão aos olhos daqueles que se julgam perfeitos e inatingíveis. Se criar um filho com saúde é difícil. Admiro as mães que fazem um esforço tremendo para carregar filhos portadores de deficiências físicas e fico imaginando que vida abnegada dessas mães maravilhas. Que mal pode fazer um deficiente físico? O preconceito, este sim é contagioso e na maioria dos casos mata com palavras, gestos ou com um simples olhar. A deficiência que causa terror é a invisível a olho nu. Homens e mulheres cujo caráter é deformado, mas dentro de uma roupa social, dirigindo um carro e usando uma mascara impecável de defensores dos pobres e necessitados. Aos portadores de deficiências visíveis lhes é permitido entrar pelas portas dos fundos enquanto os deformados invisíveis cometem verdadeiras atrocidades e adentram pela porta da frente sobre fortes aplausos, pisam tapetes vermelhos e ainda são homenageados como cidadãos beneméritos. Nem sempre a camuflagem, maquiagem e a mentira são suficientes para esconder a deficiência invisível. O deficiente físico é um cidadão e tem direitos garantidos na Constituição, mas precisa de alguém que os faça ser respeitados. Maryah Cydah Abrantes Martiniano Ferreira – publicado no Jornal Diário da Região- 24/12/07.

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